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segunda-feira, 28 de março de 2011

`·.¸¸.·´´¯`··.Reportagem do Correio Braziliense`·.¸¸.·´´¯`··._

                                   Olá pessoal,ontem eu vi uma reportagem muito
                                   boa e quero compartilhar aqui com vocês.


                 Memórias de um homem diferente
           Aos 76 anos,o médico que escreveu seu nome na história ao criar a Rede Sarah lança um livro de memórias. Ele conversou com a Revista sobre saúde pública, medicina, política e muito mais.
                                                     
                                                  Aloysio Campos da Paz Júnior
                                           Aos 76 anos,Fundador da rede Sarah lança autobiografia
                        
          Parte da entrevista:

O fato do senhor ser definido como “diferente” tem a ver com a sua formação familiar: metade comunista, metade militar?
Sim, mas não maniqueísta. É preciso dizer, e eu digo isso no livro, que o Sarah foi construído durante o regime militar. O projeto militar foi aprovado pelo Geisel (Ernesto Geisel, ex-presidente brasileiro entre 1974 a 1979) e consolidado no regime civil. A criação dessa instituição transcendeu aos acontecimentos políticos que marcaram a época, onde ela foi planejada e implantada. Qualquer governo quer ser bem-sucedido. Quer construir alguma coisa e passar para a história. Se você tem um bom projeto, tem um conceito, se você é definido como um sujeito que briga pelas suas ideias, há a possibilidade de ser bem-sucedido. Não há mágica nenhuma nisso. 
Os 27 anos de democracia ajudaram na consolidação do Sarah? Ou prejudicaram?   
As duas coisas. Houve momentos de incompreensões, em que as negociações eram mais difíceis. Até porque o Sarah tem uma proposta socialista. O curioso é que ela foi aceita desde o início durante um governo militar e foi frequentemente combatida no período da redemocratização. Basicamente por uma luta de poder.
O que Sarah representava para contrariar interesses tão importantes?
Um hospital (e agora uma rede de hospital) desse porte, que atende gregos e troianos, do cidadão mais pobre ao com maior renda per capita do país. Todos são atendidos igualmente, de graça. Quando você atende uma pessoa com uma grande poder econômico, e atende bem, a instituição contraria interesses econômicos. A indústria médica e os planos de saúde, que deturparam a assistência médica, não só no Brasil mas no mundo todo, não gosta deste tipo de atendimento. Você está sempre sob pressão desses setores que veem na medicina uma fonte de lucro.
O senhor também critica o isolamento de pessoas doentes em UTIs. Para o senhor, com mais de 50 anos de prática médica, como deve ser o tratamento de um paciente grave?
Eu venho de uma época em que as famílias, incluindo as crianças, estavam ao lado das pessoas queridas antes delas morrerem. Isso aconteceu no falecimento da minha avó e do meu avô, como conto no livro. Eu acho, no mínimo, cruel isolar uma pessoa dos seus entes queridos quando ela vai morrer.
Como deve ser o tratamento de uma pessoa em estágio terminal?
No Sarah, não temos UTI. Todos os equipamentos de cuidados intensivos podem ser levados de um lado para outro. Temos uma unidade que chamamos de primeiro estágio, onde há uma concentração maior de pessoas, que sabem lidar com esses aparelhos, mas a família entra. Não entram multidões, mas poucas pessoas, tomando cuidados contra infecções hospitalares. O importante é que a família esteja junto.
 Qual é o ponto mais importante da criação da rede Sarah?
Desde a origem do projeto a missão principal é formar gente. Centenas e centenas de profissionais se formaram na rede Sarah. Muitas ficaram, muitas saíram. O sucesso da instituição se deve a um projeto constante, cotidiano e coerente de formação. E é uma formação que não implica somente no conhecimento da técnica; implica também em opções ideológicas. Não é fácil atrair um jovem para dedicar a sua vida a uma causa. O Sarah é uma causa. A pessoa larga tudo para ficar em tempo integral, com dedicação exclusiva. É bem paga, pois vivemos em uma sociedade de consumo. Precisa se dedicar e nem todas as pessoas querem correr o risco de cortar as amarras. Muitas veem, trabalham, se qualificam e vão para os que eles chamam “a selva”. Alguns voltam da “selva” em outras seleções, porque aqui só é admitido com concurso público, bastante rigoroso.
A procura é grande por esses cargos?
Sim. Porém, um retrato do que ocorrendo na formação universitária brasileira ficou claro em um dos últimos concursos. As vagas eram para profissionais de nível superior, de uma área específica. Na primeira fase, apresentaram-se 1,5 mil candidatos. Oito foram aprovados. Desses oito, ficaram apenas seis na última etapa da seleção, que é o treinamento em serviço.
 O senhor ainda atende pacientes?
Claro, senão o hospital fecha. Você não pode fazer um discurso sem praticá-lo. A minha atividade hoje está mais relacionada ao ensino. Eu tenho um ambulatório em que os profissionais separam casos para eu discutir. Como todo o sistema de acompanhamento de pacientes está interligado, posso acompanhar casos também em outros estados, averiguar problemas, detectar pontos de gargalos e resolvê-los.
                                            Fonte:Revista do Correio Braziliense
Para ler o restante da entrevista visite o site:  http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/revista/2011/03/25/interna_revista_correio,244653/memorias-de-um-homem-diferente.shtml



                  Viu ai né gente quem quer trabalhar no Hospital Sarah tem que se dedicar
                  em tempo integral,e é muito rigoroso!!Mas não é impossível!!!

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